quinta-feira, 8 de setembro de 2011


Bom dia, boa tarde e boa noite. Estava eu, João XXXIX, mais uma vez cavando os buracos para os deliciosos algodões doces do airoso Rei João VII quando avistei ao longe, muito longe, tão longe que não reconheci quem era, mas tinha a certeza de ser um João. Apenas com o olhar acompanhei esse João que muito longe da minha posição caminhava. Esse João que não sei quem era, pois estava muito longe, caminhava apressadamente e cuidadosamente em uma direção desconhecida, mas para alguma direção. Não suspeitei desse João que não sabia quem era, pois todos iam a todos os cantos, quando podiam ir. Porém o percurso que esse João percorria era um percurso que levava até a Grande Parede. Essa Grande Parede é exatamente a maior construção do extraordinário Rei João VII, e seus não tão bons, entretanto também admiráveis, antecessores, para cerca toda a circunferência do Centro da Rosquinha, e dessa forma proteger todos nós, os Sovitans. Logo, esse João, que não sei quem era, pois muito distante de me caminhava, não poderia está indo naquela direção. Então comecei a segui-lo, segui durante vários minutos, até que todos os minutos somados tornaram-se uma hora. Nesse momento esse João, que ainda não sabia quem era, pois eu, João XXXIX, ainda me mantinha longe, porém já não tão longe quanto antes, se abaixou junto à muralha e cavou um buraco, algo errado, pois eu, João XXXIX, cavava os buracos, e desse buraco o João, que não sabia quem era, retirou algo que suspeitei ser uma bolinha vermelha, não consegui ver do que se tratava, mas posso afirmar que ele pulava, balançava braços e pernas e gritava. Diante dessas ações suspeitas tive certeza que deveria levar esse assunto diretamente ao nosso augusto e recto Rei João VII, mas antes deveria descobri a identidade desse João, que até o momento ainda não sabia quem era devido a distância que havia entre nossos corpos. Então tive a, segundo nosso erudito Rei João VII, brilhante ideia de cavar um buraco e esconder minha presença e nesse ponto com o corpo escondido iria esperar esse João, que não sabia que era, e decifrar sua identidade. Nosso prezado e favorito Rei João VII pediu para que não divulgasse a identidade, mas pediu para informar que mais uma vez o mal foi rapidamente eliminado, tendo sido o objeto vermelho arremessado no buraco e amanhã esse João será levado para a humilhação pública na nossa praça. Então até amanhã companheiros Sovitans.
Att. João Trigésimo Nono
Cavador oficial de buracos e coveiro sem cemitério.

2 comentários:

  1. Amigo, companheiro, estimado e outros modos de tratamento a mais. Lendo vossa notícia pesso vossa ajuda para me levar até o Rei, pois tenho passado por algumas crises de identidade, lembro que sou um batalhador e sudito do incognito Rei João VII, mas ajude-me a lembra minha origem numerica, pois tenho sofrido com esta minha realidade triste, o que me faz menos cidadão sovitan, porque como você sabe graças ao nosso (vários adjetivos magnanimos) Rei João VII temos a graça e felicidade de sermos um povo...Feliz!

    Espero orientações sabias de você que dedica sua vida a cavar buracos que são de uma importancia que eu não consigo explicar, mas que faz toda a diferença no nosso amado reino.

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  2. Ah! Não estranhe o pseudonimo que uso, é apenas reflexo de minha inclinação poética, que até hoje de todas minhas obras fiz apenas este nome, por enquanto, pretendo continua-lo e publica-lo.. Grato a compreenção.

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